JOANA
D´ARC
(1412-1431)

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“Faz o que deves, servindo, e Deus te ajudará.”

Joana saiu de casa para começar a sua missão aos 16 anos de idade. Aos 17, tornou-se a primeira comandante do exército francês. E foi queimada na fogueira aos 19 anos de idade. Joana nasceu para lutar, vencer e depois “desaparecer”.

Deixou o calor da sua casa porque acreditava que a vontade de Deus tinha prioridade sobre o seu conforto pessoal. E fê-lo contra a posição dos seus pais, cuja vontade, em sua opinião, ocupava um segundo lugar em relação à de Deus. Joana expulsou os ingleses de França – embora ela não tivesse nascido em França, mas na Lorena – porque percebeu que a vontade de Deus era que ela o fizesse. Fazer a vontade de Deus foi a ideia mestra de Joana.

Joana teve apenas um ano para realizar a sua missão. E trabalhou com uma intensidade espantosa ao transformar o exército, de uma multidão temerosa, desesperada e pusilânime, numa força de combate ousada e magnânima. Ela mudou o coração dos seus compatriotas, e assim originou a renovação espiritual de uma nação que descera até às trevas. Joana era uma líder magnífica: alcançou a sua grandeza puxando pela grandeza nos outros.

Ensinou o seu povo a ir para além das suas pequenas preocupações e provincianismos. Depois de Joana, o povo de França começou a considerar-se Francês e não principalmente Armagnac ou Burgúndio. Joana é a própria identidade da França. Se Joana d’Arc não tivesse feito o que fez, se ela não fosse quem foi, a França não existiria.

Joana d’Arc era uma mulher de ação. Nas palavras de G. K. Chesterton, “Joana d’Arc não ficava presa nas encruzilhadas, quer rejeitando todos os caminhos, como Tolstoi, quer aceitando-os todos, como Nietzsche. Ela escolheu um caminho e seguiu por ele como um raio (…). Tolstoi limitou-se a elogiar o camponês, ela era a camponesa. Nietzsche limitou-se a elogiar o guerreiro, ela foi a guerreira. Superou ambos nos seus próprios ideais antagónicos: foi mais gentil que um e mais aguerrida que o outro ”.

Joana d’Arc foi também uma alma contemplativa. De facto, um dos aspetos mais originais da sua personalidade é a unidade entre a experiência mística e a missão política. Joana era uma mulher de ação, mas nunca fez as coisas só por fazer. O seu atuar foi sempre uma extensão do seu ser, a consequência da sua elevada vocação. Tinha um profundo sentido da dignidade pessoal, o que é próprio dos líderes. A liderança começa com uma nobre visão de si mesmo. Só então consegue uma visão daquilo que procura alcançar.

Joana não tinha estudos, mas as palavras que disse não eram apenas sábias, transcendiam a sabedoria: eram poesia. A simplicidade dos seus argumentos contrapostas às injustas acusações apresentadas contra ela permanece espantosa 500 anos depois. Quando o tribunal a acusou de ter desobedecido aos seus pais, saindo de casa e embarcando para a sua missão sem o consentimento deles, Joana deu uma majestosa lição de teologia básica: “Tivesse eu uma centena de pais e outra de mães, ou fosse mesmo a filha de um rei, teria partido porque Deus mo ordenou.” A tradição aplica a Joana d’Arc estas palavras do Livro da Sabedoria:“ Pela Sabedoria terei glória entre as multidões e honra na presença dos anciãos, embora seja jovem. Serei considerado sábio em juízo e serei admirado pelos que governam. Quando me calar, esperarão que fale e quando eu falar, dar-me-ão ouvidos. E quando falar mais longamente, calar-se-ão.

Lutou e ganhou sem nunca matar ninguém. Na batalha, mantinha o seu próprio nível de luta, mas não brandia a sua espada. Não era a heroína de um filme de ação moderno. Foi uma verdadeira mulher, não uma construção ideológica.

Winston Churchill, no  seu livro “The Birth of Britain”, diz que “Joana D’Arc foi um ser tão elevado acima do nível comum da humanidade que não se encontra uma igual num milhar de anos”.

Deus estava “inebriado” quando criou Joana d’Arc. Ela é uma obra-prima única. Não pode ser comparada a ninguém. Era tão mística e ao mesmo tempo tão prática, tão feminina e ao mesmo tempo tão cheia de enérgicas virtudes, tão impetuosa e ao mesmo tempo tão sábia, tão próxima de Deus e tão próxima dos homens!

Joana d’Arc é um eterno presente de Deus à humanidade.